quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A GRUTA: FILME INTERATIVO

Filme interativo no Festival do Rio

A GRUTA
um filme-jogo onde o destino da trama depende de você:

cada espectador que for à sala de cinema receberá uma espécie de controle remoto, com o qual participará do suspense em 30 momentos da trama.

SEX (2/10) 16:45 Espaço de Cinema 2 [EC245]
SEX (2/10) 23:00 Espaço de Cinema 2 [EC248]

A GRUTA (A Gruta)
de Filipe Gontijo. Com . Brasil, 2008. 60min.
O jovem casal Luisa e Tomás decide passar uns dias na fazenda da família dela, onde mora o caseiro Tião. Quando encontram um filhote de porco na gruta do terreno, a tranquilidade se aproxima do fim. Um deles passa a apresentar comportamentos estranhos, e Tião acredita que estão possuídos por demônios. Aos poucos, desconfiam que a resposta pode estar nas sombras da gruta. Filme interativo, no qual o espectador, através de um controle, participa da história, alterando seu desdobramento. A Gruta pode durar de 5 a 45 minutos, de acordo com as escolhas do público.
Midnight (VO) - 16 anos

“Fui pesquisando e descobri essa tecnologia no Rio de Janeiro. Chama-se powervote. Os controles são pequenos, com botões contendo números de 1 a 10. Geralmente, ele é usado em seminários e palestras. Como estávamos querendo um sistema diferenciado para apresentar o filme no festival, já que temos a oportunidade de alcançar um público maior, achei que esse era o formato ideal”, lembra o diretor Felipe Gontijo.

A fita conta a história dos jovens Luísa (Poliana Pieratti, de Nada Consta) e Tomás (Carlos Henrique, de O Último Raio de Sol). Certo dia, os dois decidem passear na fazenda da família da moça. Por lá, vive o caseiro Tião (André Deca). O sossego procurado pelo casal é quebrado quando eles vêem um filhote de porco na gruta e coisas estranhas acontecem com eles no local. Para a seleção do elenco, foram feitos vários testes. Queríamos um par jovem e surgiram muitos atores que não se encaixaram”, conta o diretor. O porquinho que “interpreta” Dadinho foi treinado por Filipe durante três meses.

A interação do público com A Gruta funciona da seguinte maneira: logo de início, o espectador tem a oportunidade de escolher sobre qual perspectiva assistirá ao filme, que, dependendo da escolha, pode durar de cinco a 40 minutos. Pode-se optar pela visão de Tomás ou de Luísa. No meio do filme, o espectador também pode decidir trocar de personagem. O filme tem 11 finais diferentes e vários entroncamentos que levam sempre à gruta.

Filipe, autor do roteiro, buscou inspiração na literatura para criar os personagens de A gruta: Tomás, por exemplo, foi baseado no conto As Armas Secretas, do argentino Julio Cortazar. Já Luísa se inspirou no famoso poema O Corvo, de Edgar Allan Poe. Para criar o caseiro sinistro vivido por Deca, no entanto, ele recorreu a uma história real. Gontijo montou a trama de Tião lembrando caso que chocou Brasília em 2004, quando um empregado assassinou os patrões em Ceilândia.

Para filmar A Gruta, equipe técnica e atores foram para a Gruta da Lapa, a 70km de Brasília.


Filipe Gontijo nasceu em 1980, em Brasília. Estudou publicidade na Universidade de Brasília de 2000 a 2005. Em 2006, seu curta-metragem A Volta do Candango conquistou o prêmio de Melhor Diretor no Festival de Brasília. É um dos fundadores da TV Universitária de Brasília e trabalha como roteirista e diretor de videoclipes e comerciais.

http://www.filme-jogo.com/

terça-feira, 29 de setembro de 2009

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

DEBATE: ARTE DIGITAL

publicado originalmente por Cicero Inacio da Silva em http://culturadigital.br/blog/2009/09/25/debate-sobre-arte-digital-em-juiz-de-fora/

DEBATE PÚBLICO, GRATUITO E ABERTO SOBRE ARTE DIGITAL

A curadoria de Arte Digital do Fórum da Cultura Digital Brasileira, uma iniciativa do Ministério da Cultura (MinC) em parceria com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) convida para o debate sobre Formação, Produção, Difusão e Inserção da Arte Digital na cultura brasileira com a participação de curadores, artistas, educadores e pesquisadores da área no país. A proposta do debate é refletir sobre as necessidades do campo e apresentar soluções para os problemas que serão apontados no encontro.

As questões a serem debatidas no seminário são:

- delimitação do campo: o que é arte digital?
- diagnósticos: quais são os problemas? quais as perguntas que precisamos fazer?
- formulações e propostas: quais políticas públicas devem existir? que ações este grupo deveria tomar? quais pressões deveríamos fazer?

A intenção final desse encontro e do Fórum como um todo é formular um documento listando e propondo ao MinC uma política cultural para a área de Arte Digital.

PROGRAMA

19h30 Abertura com Cicero Inacio da Silva (Curador de Arte Digital no Fórum da Cultura Digital Brasileira)

19h50 Videoconferência sobre o Fórum da Cultura Digital Brasileira com Rodrigo Savazoni (Coordenação Executiva do Fórum da Cultura Digital Brasileira) e André Deak (Curador de Comunicação do Fórum da Cultura Digital Brasileira).

20h30 Debate sobre arte digital e comunicação com Alfredo Suppia (professor do BI do Instituto de Artes e Design e do Mestrado em Comunicação, FACOM, UFJF) e Francisco Paoliello Pimenta (Coordenador do Programa de Pós-graduação em Comunicação, FACOM, UFJF)

DATA: 02/10/2009

LOCAL: Museu de Arte Moderna Murilo Mendes da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

HORÁRIO: 19h30 às 22 horas

Apoio:
Universidade Federal de Juiz de Fora

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Linguagem e estética do cinema digital: PROGRAMA

Linguagem e estética do cinema digital
Faculdade de Comunicação
Comunicação e Artes
Prof. Responsável: Alfredo Suppia

EMENTA DA DISCIPLINA:
Cinema e tecnologia. Cinema digital e história do cinema. A estética do filme na era digital.


PROGRAMA DA DISCIPLINA:

1ª sessão (24/4/09)
1. apresentação/introdução
1.1. Os princípios da produção da imagem no cinema tradicional e no cinema digital
1.2 videoclipes Don’t stand so close to me (Police)
1.3 documentário A Tecnologia dos Anos 80

2ª sessão (25/4/09)
2. Considerações históricas sobre o cinema digital
2.1. Principais escolas do cinema tradicional e sua relação com as tecnologias da imagem de sua época
2.2 Early Cinema (Primeiro Cinema): La sortie des usines Lumière, L’arrivé d’un train, Le repas du bebe, L’arroseur arrosé, Demolition d’um mur, Jerusalem, Le Scarabée d’or, The Big Swallow, Rescued by Roover.
2.3 Cinema Narrativo (Narrativa Clássica): D. W. Griffith

3ª sessão (8/5/09)
3. Vanguardas Históricas
3.1 Dadaísmo (René Clair: Entr’Acte, Marcel Duchamp: Anémic Cinéma, Man Ray: Le Retour à la Raison)
3.2 Expressionismo (Robert Wiene: O Gabinete do Dr. Caligari)
3.3 Construtivismo (Dziga Vertov: Um Homem com uma Câmera; Sergei Eisenstein: O Encouraçado Potemkim, A Greve, Outubro)
3.4 Surrealismo (Luís Buñuel e Salvador Dalí: Um Chien Andalou e L’Age D’Or, Germaine Dulac: La coquille et le clergyman)

3.5 Experimentalismo americano (Maya Deren, Stan Brakhage, Derek Jarman)

4ª sessão (9/5/09)
4. PIONEIROS DO CINEMA DIGITAL
4.1 Animação: Clóvis Vieira (Cassiopéia, 1996) e John Lasseter (Toy Story, 1995)
4.2 Depoimento de Clóvis Vieira
4.3 Mike Figgis e Time Code (1999)
4.4. Lev Manovich e Soft Cinema

5ª sessão (16/5/2009)
SEMINÁRIOS
5. Questões sobre a estética do Cinema digital

5.1. Perda da indexicalidade da imagem
5.2. Diálogos com outras mídias e hibridismos de linguagem
BIBLIO:
MACHADO, Arlindo. “As imagens técnicas: da fotografia à síntese numérica”. Imagens, n. 3, dez/1994. Campinas: Ed. Da Unicamp, 1994, pp. 9-14.
PARENTE, André. “A imagem virtual, auto-referente”. Imagens, n. 3, dez/1994. Campinas: Ed. Da Unicamp, 1994, pp. 15-19.
RAMOS, Fernão. “Falácias e deslumbres face à imagem digital”. Imagens, n. 3, dez/1994. Campinas: Ed. Da Unicamp, 1994, pp. 28-33.
SANTAELLA, Lúcia. “Imagem pré fotográfica pós”. Imagens, n. 3, dez/1994. Campinas: Ed. Da Unicamp, 1994, pp. 34-40.
ARISTARCO, Guido e Teresa. O Novo Mundo das Imagens Electrónicas. Lisboa: Edições 70, 1985.
BELLOUR, Raymond. “Fragmentos de um arquipélago”. Imagens, n. 3, dez/1994. Campinas: Ed. Da Unicamp, 1994, pp. 20-27.
JENKINS, Henry. The Work of Theory in the Age of Digital Transformation. MILLER, Toby and STAM, Robert (eds.) A Companion to Film Theory. Malden: Blackwell, 2004, pp. 234-61.
VIVEIROS, Paulo. A Imagem do Cinema: História, Teoria e Estética. Lisboa: Edições Universitárias Lusófonas, 2005, 2ª ed.

5.3. Distribuição e formas de recepção no cinema digital
5.4. Democratização do cinema?
biblio:
Bentes, Ivana (org.). Ecos do cinema: de Lumière ao digital. Editora UFRJ. Rio de Janeiro. 2007.
CROCOMO. Fernando. TV Digital e Produção Interativa: A comunidade manda notícias. Florianópolis: Ed. UFSC, 2007.
CRUZ, Renato. TV Digital no Brasil: Tecnologia versus Política. SãoPaulo: SENAC, 2008.
HANSON, Matt. The End of Celluloid: Film Futures in the Digital Age. Hove: RotoVision, 2004
STAM, Robert. Introdução à teoria do cinema. Campinas, Papirus, 2003.
Mascarello, Fernando (org.). História do Cinema Mundial. Campinas: Papirus, 2006.
PARENTE, André. Imagem Máquina. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1993.
LUCA, Luiz Gonzaga de Assis de. Cinema Digital: Um novo cinema? São Paulo: Imprensa Oficial/Fundação Padre Anchieta, 2004.


6ª sessão (17/5/2009)
6.1. Apropriações das vanguardas cinematográficas no cinema digital

3.1. Estudos de Caso: o “cinema das origens” no cinema digital
3.2. Estudos de Caso: o construtivismo no cinema digital
3.3. Estudos de Caso: o impressionismo no cinema digital
3.4. Estudos de Caso: o dadaísmo e o surrealismo no cinema digital

6.2 workshop haiku audiovisual


BIBLIOGRAFIA BÁSICA

ANG, Tom. Vídeo Digital: Uma introdução. São Paulo: SENAC, 2007.
ASCHER, Steven e PINCUS, Edward. The Filmmaker’s Handbook: A comprehensive guide for the digital age. New York: Plume, 2008.
ARISTARCO, Guido e Teresa. O Novo Mundo das Imagens Electrónicas. Lisboa: Edições 70, 1985.
BELLOUR, Raymond. “Fragmentos de um arquipélago”. Imagens, n. 3, dez/1994. Campinas: Ed. Da Unicamp, 1994, pp. 20-27.
BENJAMIN, Walter. Obras Escolhidas I – Magia e Técnica, Arte e Política. São Paulo: Brasiliense, 1994.
Bentes, Ivana (org.). Ecos do cinema: de Lumière ao digital. Editora UFRJ. Rio de Janeiro. 2007.
CROCOMO. Fernando. TV Digital e Produção Interativa: A comunidade manda notícias. Florianópolis: Ed. UFSC, 2007.
CRUZ, Renato. TV Digital no Brasil: Tecnologia versus Política. SãoPaulo: SENAC, 2008.
FLUSSER, VIlém. Ensaio sobre a fotografia: para uma filosofia da técnica. Lisboa: Relógio D’Água, 1998.
HANSON, Matt. The End of Celluloid: Film Futures in the Digital Age. Hove: RotoVision, 2004
JENKINS, Henry. The Work of Theory in the Age of Digital Transformation. MILLER, Toby and STAM, Robert (eds.) A Companion to Film Theory. Malden: Blackwell, 2004, pp. 234-61.
LIMA, Luiz Costa (org.). Teoria da Cultura de Massa. São Paulo: Paz e Terra, 2000, 7ª Ed.
LUCA, Luiz Gonzaga de Assis de. Cinema Digital: Um novo cinema? São Paulo: Imprensa Oficial/Fundação Padre Anchieta, 2004.
MACHADO, Arlindo. Pré-cinemas e pós-cinemas. São Paulo: Papirus, 1997.
--------------------------. “As imagens técnicas: da fotografia à síntese numérica”. Imagens, n. 3, dez/1994. Campinas: Ed. Da Unicamp, 1994, pp. 9-14.
MANOVICH, Lev. The Language of New Media. Cambridge , Mass. and London : The MIT Press, 2001.
Mascarello, Fernando (org.). História do Cinema Mundial. Campinas: Papirus, 2006.
PARENTE, André. Imagem Máquina. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1993.
------------------. “A imagem virtual, auto-referente”. Imagens, n. 3, dez/1994. Campinas: Ed. Da Unicamp, 1994, pp. 15-19.
RAMOS, Fernão. “Falácias e deslumbres face à imagem digital”. Imagens, n. 3, dez/1994. Campinas: Ed. Da Unicamp, 1994, pp. 28-33.
SANTAELLA, Lúcia. “Imagem pré fotográfica pós”. Imagens, n. 3, dez/1994. Campinas: Ed. Da Unicamp, 1994, pp. 34-40.
STAM, Robert. Introdução à teoria do cinema. Campinas, Papirus, 2003.
VÁRIOS. Desvendando o áudio e vídeo digital. São Paulo: Digerati, 2004.
VIVEIROS, Paulo. A Imagem do Cinema: História, Teoria e Estética. Lisboa: Edições Universitárias Lusófonas, 2005, 2ª ed.
XAVIER, Ismail. O Discurso Cinematográfico – A Opacidade, A Transparência. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005